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Mostrando postagens de 2013

Mãe é mãe, só muda... o endereço, o humor, a vontade, a carreira, o apego, o método, o tempero, o...

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isso QUANDO forem 6 meses, hummm??? Há algum tempo eu estou juntando feminismo com maternidade e conversando com as mães que eu conheço sobre as dificuldades, as opressões, as barreiras, os enfrentamentos e as crianças delas. E nenhuma dessas mães é igual à outra não, pelo contrário. Apesar de termos dificuldades parecidas, cada uma tem uma forma de lidar com elas, uma forma de ver o mundo, um jeito diferente de cuidar e educar suas crianças. Nós mães somos iguais apenas para o mundo lá fora. O que não muda é o julgamento alheio: esse, tá sempre com a gente. O número de sites sobre maternidade cresceu muito nos últimos tempos e a gente vê a mesma variedade. É muito bonito que as mães tenham espaço para se expressar livremente... mas eu queria mais, queria que as mães fossem ouvidas por todos. Queria que o público dos sites fosse de todo tipo de gente e não majoritariamente de mães. Queria que todos se interessassem pelo futuro das crianças e pela emancipação e valorização das

Mais uma aventura aventurosa de Talia e Duna, parte 1 - Tiparis

Essa história é a continuação de " O resgate dos ricos panos ", que você também poder ler gratuitamente, é só seguir o link. Os personagens e a trama inicial foram criados em parceria com meus colegas de RPG, Tiago Perreto, Jorge Luís Ferreira Enomoto e Eduardo Capistrano. A partir de agora minha história começa a se distanciar da que nós começamos lá em 2003... Mas eu espero que Duna e Sagan nunca deixem de ser como foram criados. E vamos à aventura! --- Mais uma aventura aventurosa de Talia e Duna (título provisório, claro). Parte 1 - Tiparis Em que, inspirado pela tranquilidade matinal de nossa heroína, o leitor pode conhecer mais detalhadamente as curiosas aves que são nome e símbolo da mais próspera e agitada província do reino de Valoton. Definitivamente, a época do ano mais bonita, para Talia, é o início do verão, antes das chuvas. Nessa época, as manhãs costumam ser magníficas em Pouso das Garças. Mesmo indo dormir tarde quase todas as noites, devido ao tr

O resgate dos ricos panos

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Pessoal! Ano passado escrevi a história de Talia, Duna e Sagan em 6 posts aqui na Quitanda. Agora resolvi juntar os capítulos e fazer um livrinho para vocês baixarem de grátis ( aqui, em formato epub ) e lerem no conforto dos seus celulares, tablets, e-readers! Também disponível on-line: é só clicar na figura abaixo e ler!

O que significam as bandeiras dos movimentos sociais na sua manifestação?

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Esse post faz parte da Blogagem Coletiva #PelaDemocracia, proposta pela Renata Corrêa. Tem um mundo de texto bão participando, vão lá e leiam as outras coisas também. Depois, né? Estou vendo muita reclamação, pouca conversa e nenhum acordo sobre a explicitação da participação de movimentos sociais nas manifestações do Brasil todo. O que eu vejo em geral são os manifestantes pedindo para a pessoa vir ("não somos contra a sua participação, Fulanx de Tal"), mas sem o símbolo de seu movimento, sem explicitar sua ligação com coletivos ("mas deixe sua bandeira em casa"). Eu queria falar um pouco sobre o que representa a participação explícita (marcada com cartazes, símbolos, bandeiras) de um movimento social organizado em uma ação coletiva, como os manifestos que estão acontecendo, cartas públicas de apoio e repúdio, enfim, qualquer atividade coletiva, "do povo". Quando um movimento social organizado se apresenta com sua sigla, bandeira, símbolo, assinat

Feminismo, maternidade e capitalismo: tá difícil de conciliar as políticas?

"Tá tendo" um debate gigante e importante entre o feminismo e a maternidade. Eu queria falar da minha posição aqui, que difere muito de algumas feministas. Eu acredito que ser mãe não apaga a identidade da mulher. Também não compromete sua autonomia - quem compromete a autonomia da mãe ou do pai que desejam ficar em casa por mais tempo para cuidar das crianças é o mercado, é o sistema político em que vivemos - e não a maternidade em si. Mas vamos por partes. Eu preciso deixar claro o que é família e maternagem... também tenho uma visão um pouco diferente da tradicional sobre esses termos. Família é o grupo de pessoas unidas por parentesco de afeto, legal ou de sangue, que forma a base da sociedade, onde a maioria das pessoas é socializada. Nem sempre famílias tem crianças. Famílias podem ser um casal, dois irmãos, duas irmãs, um tio e um sobrinho, um neto e um avô, ou amigos que se dão bem e resolvem morar juntos e dividir despesas. A existência de crianças na família

Textos, textos, pra todo lado!!!

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Então, estou devendo demais pra quitanda. Mas tenho escrito em outras paragens e vou compartilhar com vocês aqui. Leiam lá! Eu era uma groupie juvenil ( link ) "O que eu queria era rock. E como eu não conhecia bandas e cantoras femininas, rock pra mim era feito por meninos e eu os adorava por isso… e por serem bonitos. O mais sem graça da escola poderia, magicamente, parecer um belo pedaço de carne no palco. A mágica que toca a alma groupie é aquela que faz meio quilo de carne moída andando na rua virar filé mignon com um microfone ou baixo na mão. Pelo menos pra mim, o amor pelo rock salivava." Do diálogo: a minha resposta para a vida, o universo e tudo mais ( link ) "E tudo que faço hoje, tudo o que consegui, começou com uma conversa. Ao vivo, por telefone, pela internet. Uma amiga tem uma frase ótima: “os portadores de boca sempre vão se achar no direito de falar”. Quero usar meu porte de boca, de dedos, de mente para construir. Sozinha eu não conseguiria faz

A redação do miojo não é notícia, mas rende uma boa conversa

As aulas de redação sempre foram minhas preferidas. E eu sempre fui bem, aí acabei achando que escrevo razoavelmente e me aventurei a escrever blogs e artigos e etcs. Eu nunca, jamais, colocaria uma receita de miojo numa redação sobre imigração (mas poderia citá-lo: o "miojo" é um exemplo ótimo de como as ideias também migram e não somente as pessoas). Minhas redações eram mais certinhas, sempre dentro do tema e minhas "tiradas criativas" eram mais inteligentes e bem colocadas (cof, cof), por isso eu nunca tirei um 5,6 em uma redação. Então eu estou defendendo a nota desse menino e do menino que colocou o hino do palmeiras. Porque eu acho que como recurso estilístico foi uma coisa legal. A do palmeiras é bem pior que a do miojo, mas só porque ele não adaptou o hino. Se ele tivesse trocado "palmeiras" por "seleção" e "alviverde" por "canarinho", mereceria 1000! É exatamente o patriotismo de "torcida" que torna uma c

Carreira e maternidade: Sharon, Rodrigo e Tomás

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Oi pessoal da blogagem coletiva! Hoje o Mamatraca quer "saber em detalhes" a nossa experiência e vou contar um pouco aqui. Já fazem 2 anos e 8 meses que voltei a trabalhar, após a licença, e agora eu acho que está tudo bem tranquilo... todos os envolvidos estão satisfeitos com o arranjo da mamãe nos trabalhos dela. Rodrigo e eu dividimos tudo. Em todas as minhas conquistas e trabalhos ele é parte fundamental. Sem ele eu não faria metade do que eu faço! Eu vejo a relação entre ele e o Tomás como um espelho da que eu mesma tenho com o petiz. A sintonia e amor entre eles são tão bonitos! Para o Tomás, não existem muitas diferenças entre ser cuidado pelo pai ou pela mãe... e claro que isso é ótimo. Obrigada, meu amor, por tudo! Te amo demais, amo demais nossa vida e nossa família! Nesses quase 3 anos teve muita dúvida, muita angústia, algum choro, todo o estresse... Tomás teve crechites que pareciam não ter fim... a "gripe contínua" que pega todas as crianças

10 autores de quem eu leria qualquer coisa

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Vi a postagem no pontoLivro do Luciano, que viu no Distopicamente da Isabel . E copiei. Até a imagem, roubei do Lu: Na verdade, dos que já encerraram a produção, eu já li quase tudo o que foi publicado... Então eu tenho quase absoluta certeza. Como o Luciano, vou colocar em ordem alfabética para não hierarquizar ninguém. Carlos Drummond de Andrade Um dos poucos poetas que eu. Cronista excelente... escreve limpinho, fala bonito, incomparável. Domingos Pellegrini Fazer o quê. Fernando Sabino Às vezes, triste, noutras, engraçado e na maioria das vezes, nostálgico. Como a vida. Graciliano Ramos Ai, a verdade do que ele escreve dói na alma da gente, não dá pra ficar incólume. Henfil Fofo! (Sim, só por isso) Lygia Bojunga Porque entende as meninas. Nick Hornby Fofinho, pop, "fácil". Não é só pelo rock não... é porque é bom! Edgar Allan Poe Pô! Stephen King Fã é fã. Apesar de fazer um certo tempo, se me cair na mão alguma coisa, eu devoro.

Primeiro Livro Que Viaja da Quitanda: "A caneta e o anzol", Domingos Pellegini

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Eu adoro a ideia de um livro viajante, circulando por diversas partes do país, sendo lido por pessoas diferentes e comentado por todo mundo... Conversas se originando. Acho que para iniciar uma viagem, a primeira que eu organizo, o livro tem que ter a ver comigo. Pelo menos um pouquinho. Além disso, tem que ser de leitura rápida e leve (envio barato todo mundo gosta, não é?) E hoje topei na banca com um que tem. Tem eu, que cresci com meu pai pescador... companhando as histórias, os causos, as feridas, as limpezas, as fritadas de jundiá e as traíras na grelha. Tem o marido, que desde que o meu pai se mudou para Roraima está sem companheiro de pesca e sofre, todo domingo, assistindo aos programas de pesca na TV. Tem meu filho, que já pegou o primeiro peixe, com três anos! Tem meus avós, ambos, o materno e o paterno, chegando em casa com o peixinhos pra fritar na janta. Tem minha mãe, que pesca, minha tia-avó, meu tio-avô. Um e outro primo. Tem gente pra caramba. Leia mais sob

"O Morro dos Ventos Uivantes", Emily Brontë

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Arte de C.E. Montford -  'Entra! Entra! - soluçava" Antes de ler vai no youtube e liga a música . (obrigada, Cyntia!) Li (mas não comprei) a famigerada edição com a referência à série Crepúsculo na capa, já que foi a que me caiu nas mãos. Estava numa das estantes do Leitura sem Fronteiras e eu decidi ler o clássico que a uns 25 anos me recomendam. Desde que eu tinha idade para ler romances. É da editora Leya, selo Lua de Papel, 2009, 292 páginas. E é... incrível, arrepiante. Justifica todas as referências, inspirações, homenagens, adaptações, inclusive as duvidosas. O mundo de Heatcliff e Catherine é tão diferente da atualidade que é até difícil julgar o enredo com nossos olhos. Só pela quantidade de gente que morre jovem, de doenças que, hoje em dia, são plenamente tratáveis, já se imagina que nunca existiria história como essa em nossos dias. Outra coisa é que dificilmente cinco crianças viveriam, hoje, em um grupo humano tão fechado... onde só tem como referência a

Dos livros medianos e da leitura dinâmica

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Eu gosto de ler tudo. E é verdade. Gosto de ler policial, fantasia, aventura, drama, comédia, chick lit, infantil, juvenil, YA, guerra, histórico, contemporâneo, regional, faroeste, antigo, clássico, best seller... De tudo. Só que nessas de "pode vir quente que eu tô fervendo", eu acabo me decepcionando com os livros mornos. Os livros chatos, que não são exatamente ruins, mas também não são verdadeiramente bons. É aquele livro que não é mal escrito, em termos técnicos narrativos. Diálogos, descrições, coerência, início, meio e fim, tá tudo lá. Mas traz uma proporção de ideias por página tão pequena que me afeta a paciência. Eu não sou ninguém para criticar, claro, é só uma opinião ácida de uma velhinha chata que lê de tudo. Me desculpem autores, editoras e leitores que gostaram desses livros. São todos medianos. Chatos. Não valem resenhas em separado. Um livro de ficção que é compreensível e suficiente quando se lê de 20 em 20 páginas não é um romance, é um conto. E

Série Encontros: Carlos Drummond de Andrade

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Emprestei na biblioteca pública da cidade. É da Azougue Editorial, 2011 e tem 229 páginas. A série reúne entrevistas com intelectuais e artistas de várias áreas, buscando retratar a história da carreira de cada um. O livro é ótimo, como Drummond é ótimo. Mas para quem ainda não conhece a obra, eu digo que primeiro vá ler as poesias pra depois ler esse. Porque aí já se chega amando e compreendendo um pouco melhor o estilo e os saberes dele. Então eu sentei, abri e amei. [como escreve isso em latim? não seria linda uma tatuagem do tipo Vini, vidi, vinci? hein? hein?] Então. Parei de escrever aqui, não resisti e fui confabular com consultores de tatuagem, linguagem e design e acabou que saiu! Ainda não sei se vou fazer em latim ou português. O que vocês acham?] Hein? Hein? Também é um ex libris de respeito. Voltando ao assunto inicial. Carlos Drummond de Andrade. Entrevistas (tá meio difícil pensar nisso porque hoje também foi inaugurado um tumblr da FemMaterna... o &quo

Antologia Poética, Anna Akhmátova

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Chegou através da iniciativa do Luciano, o pontoLivro. É uma corrente no estilo "booktour", que ele está promovendo . A edição é L&PM Pocket, tem 203 páginas, introdução, notas, tudo o que é necessário e imprescindível, um trabalho admirável de Lauro Machado Coelho. Assim que chegou, eu queria ter lido correndo, mas é poesia e poesia... é para poetas. Eu tava lendo aos pulinhos, mas ontem eu estava me sentindo poeta, peguei, e li. Caramba. Tô gostando muito  e acho que vou comprar um exemplar pra mim. Anna nasceu em 1899 e viveu o czarismo e a revolução. Era uma poeta popular, amada pelos russos, e eu entendi o porquê. Seus poemas são simples e contundentes, bonitos sem enfeites. Anna Akhmátova (1914), Nathan Altman O poema Réquiem é um dos mais expressivos e pungentes, sobre o terror estalinista. Nesse trecho de "Epílogo", escrito em 1940, me arrepiou (achei o mais forte de todo o livro). Fala sobre as mães que visitavam os filhos na prisão polític

Fiscais da vida alheia em: Restaurante não é lugar de criança

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Talvez uma nova coluna. Hoje inspirada no post da Tâmara Freire, colega de FemMaterna e blogueira feminista. Infelizmente... "Os olhares são muitos, de todas as mesas, de todos os cantos do mundo, é o que parece. Acusadores, esquivos, acompanhados de comentários entre os dentes que somente o alvo dos próprios é capaz de notar. A mãe se envergonha, rasga a cartilha em pedacinhos e sai do restaurante, tão rápido quanto pode. Correria se não fosse preciso pagar a comanda. Frustrada pela má conduta do filho, frustrada pela própria fraqueza, frustrada por existir enquanto figura materna imperfeita, neste mundo em que olhares parecem dizer que não se pode “errar” em público. Jamais."

As lágrimas da girafa, Alexander McCall Smith

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Companhia das Letras, 2003, 223 páginas. Veio de Brasília, enviado por um amigo em "crédito" de futuras trocas. Vai pras estantes do Leitura sem Fronteiras em breve, assim que rodar os amigos. Tem livros que combinam com certos dias. Ontem era sábado, primeiro dia do feriado de carnaval e foi um dia fofo. Tomás acordou às nove horas da manhã, milagrosamente, então eu dormi até às nove da manhã. Acordei, portanto, de bom humor. Arrumamos juntos as camas, lavamos toalhas de banho e lençóis, brincando, rindo e bagunçando um pouco. Fomos almoçar com o papai e ele comeu bem e não fez bagunça no restaurante. À tarde não dormiu (tinha acordado tarde) e foi com o Rodrigo no mercado (então eu pintei minhas unhas e assistir um filme!). Quando eles voltaram, liguei para a Alana, amiguinha dele de 8 anos, que passou o resto do dia conosco. Ela é uma fofa, eles brincam até cansarem, comem até se fartarem, nenhuma discussão, nenhum problema. Nesses (bem raros) dias inteiramente fofos,