Perna esquerda, perna direita, José Paulo Paes

A Tábata, do Happy Batatinha, convida os leitores todo ano pra uma série de postagens sobre literatura. Esse ano, cada dia do mês de outubro tem uma pergunta para inspirar um post. Dia 20. Poesia.

Dia 20 – Você gosta de poesias? Qual o seu poeta ou poema favorito?

Poesia? Muito pouca.
Eu conto em uma mão:
José Paulo Paes. Carlos Drummond de Andrade. Fernando Pessoa e.e. cummings e aquele cara do livro com borda vermelha da biblioteca pública do paraná que eu tento, tento, mas não lembro o nome.

A verdade é que eu não entendo poesia. Acho que foi o Drummond quem escreveu numa crônica que poesia é para poetas. Que você precisa ser poeta para gostar de poesia, porque ler poesia é como escrevê-la novamente. Não consigo fazer isso. Não sei ler poesia. Mas esses aí me puxam pelo pé e me fazem gostar dela. Meus poemos preferidos são aqueles meio piada, fingidos de poesia:

José Paulo Paes:


L'Affaire Sardinha
   O bispo ensinou ao bugre
   Que pão não é pão, mas Deus
   Presente na eucaristia.
  
   E como um dia faltasse
   Pão do bugre, ele comeu
   O bispo, eucaristicamente.



Curitiba
   O inventor no estado
   era um pinheiro inabalável

   inabaláveis pinheiros igualmente
   o secretário da segurança pública
   o presidente da academia de letras
   o dono do jornal
   o bispo o arcebispo o magnífico reitor

   ah se naqueles tempos
   a gente tivesse
   (armando glauco dalton)
   um bom machado!


Canção de exílio facilitada
   lá?
   ah!

   sabiá...
   papá...
   maná...
   sofá...
   sinhá...

   cá?
   bah!
 

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