Dia 06 - Família que lê unida...

Vovó e Tomás!
A Tábata, do Happy Batatinha, convida os leitores todo ano pra uma série de postagens sobre literatura. Esse ano, cada dia do mês de outubro tem uma pergunta para inspirar um post. E já é o sexto dia, se o blogger tá entregando direitinho as postagens eu to mantendo o desafio.

Dia 06 – Quem (ou o quê) inspirou seu amor por livros?

Fácil: Minha mãe! Ela estava sempre com um livro por perto. E sempre foi assim, até hoje. Ela saía do trabalho e passava na biblioteca pública pra pegar livros infantis que eu devorava. Ela me deu Pollyanna, A Bolsa Amarela e A Arca de Noé. Minha mãe é minha grande inspiradora.

O primeiro livro adulto que ela me deixou ler foi "Se houver amanhã" do Sidney Sheldon. Eu sei, eu sei. Não é bem um John Fante, mas a história até que é legal, vai. Tracy é uma bancária dedicada que é presa como bode expiatório de uma armação dum cliente. Na cadeia, tudo aquilo de cadeia, o sofrimento, as amizades, o autoconhecimento, lalalá. Marcou a parte da solitária, onde ela fazia contas e ginástica pra se fortalecer. Quando sai da cadeia, se vinga usando táticas burocráticas e disfarces malucos. Nada mal pra uma bancariazinha tola. Reli esse livro algumas vezes, porque tínhamos poucos livros e às vezes não tinha nada pra fazer. Eu gostava bastante.

Se houver amanhã, 
Sidney Sheldon (sebosskoob)
Mas não é só minha mãe, muita gente na minha família lê. Meu pai gosta muito do "Maior vendedor do mundo", de Og Mandino, o primeiro "Monge e Executivo" da auto-ajuda "profissional". Minha avó paterna tinha uma estante cheinha de livros, que me emprestava. Eu tinha que tomar cuidado para não estragar. Meu tio Beto tinha uma coleção da National Geographic e eu tinha que tomar cuidado pra não estragar. Mas ele me deixou à vontade com o Supermanual do Escoteiro Mirim! Deixa eu dizer de novo que o tio Beto me emprestou o Supermanual do Escoteiro Mirim!!! Perdi a chave, rasguei a tira do cadeado e descolei páginas. E amei de paixão! De férias na minha madrinha Rojane eu conheci Quino e Laerte. Eu aprendi que quadrinhos não é coisa de criança e depois ensinei pro filho dela! A Rosicler (a.k.a. pequena e tia kéi) comprava livrinhos da disney pra nós. Os 101 dálmatas foi culpa dela. Outra tia, a Rita, casada com um irmão do pai, tinha "Dona Lola", continuação do "Éramos Seis", que foi um achado, eu não sabia que os livros podiam CONTINUAR. Isso foi uma revelação tão grande que até hoje me lembro da minha cara de espanto.

Supermanual do Escoteiro 
Mirim, Disney (sebos, skoob)
Minha avó materna lê em polonês e gosta de livros sobre medicina caseira, plantas medicinais. Meu avô materno não desgruda do jornal e da Revista Salette. Foi na bíblia deles que eu descobri minha história favorita, a de José e seus irmãos. Eu gosto desse negócio de traição, queda, ascensão pela coragem e força interior. Também brincávamos de novena com os livrinhos da CNBB. E na caixa de livros em cima de um guarda-roupa tinha livros didáticos dos tios e tias. Um em especial tinha a letra de "Águas de Março" e eu decorei. Na casa da tia Geni eu li As minas do rei Salomão (um cara com meia barba pode ser deus) e O poder do pensamento positivo (não leia deitado, seu preguiçoso!). A tia Ivete tinha "Memórias de um sargento de milícias".


Enfim, uma família de leitores. Alguns mais, outros menos, mas sempre tinha alguém lendo por perto.

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